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Fonte: Casa da Ribeira

Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=cda5sNp2ejw



ArtePraia segunda edição | Natal RN 2013

Fonte: Casa da Ribeira



Vídeo completo:


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Arte efêmera invade praias urbanas de Natal

Intervenções pulsantes promovem conexões até então impensáveis entre as diferentes formas de ver as paisagens que a natureza brinda…


Intervenções pulsantes promovem conexões até então impensáveis entre as diferentes formas de ver as paisagens que a natureza brinda os potiguares todos os dias. Com o objetivo de provocar novas sensações e experiências aos que já não conseguem se emocionar com aquele lugar, que fica bem ali, o mesmo que você habita.
Neste mês de maio a capital potiguar será a cidade da arte efêmera e receberá propostas de intervenções artísticas dos estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. A segunda edição do ArtePraia – intervenções nas praias urbanas de Natal/RN, projeto realizado pela Casa da Ribeira, acontece nos dias 10, 11 e 12 de maio.
O edital recebeu 98 propostas de intervenções artísticas das quais quatro foram selecionadas para ocupar as praias urbanas da capital potiguar, entre os: “Entrelinhas e Peixes”, de Rita Machado (RN); “Paisagem: Tempo em suspensão”, de Felipe Góes (SP); “Campo Elétrico”, de Marcelo Armani (RS) e “Personal DJ – Baile da Mudança”, de Tiago Rivaldo (RJ).
Sob a curadoria de Gustavo Wanderley, as intervenções/situações ocuparão as praias de Ponta Negra, Redinha, Praia do Meio e do Forte. O artista convidado desta edição é o gaúcho Fernando Limberger, que completa o time de artistas, com a intervenção Paleta Marinha, grandes círculos de areias coloridas na praia da Redinha.
A potiguar Rita Machado, em parceria com o programador Rodrigo Cerqueira, vai levar uma pescaria irreverente para a praia de Ponta Negra, neste sábado (10) a partir das 13h, e no domingo (11), a partir das 7h. A intervenção permanecerá durante quatro horas na praia. “Entrelinhas e peixes” utiliza peixes feitos com material reciclado e sensores magnéticos, que estarão dispostos pela faixa de areia da praia para serem “pescados” pelo público com uma vara adaptada e um fone de ouvido. Ao pescar o peixe, e através de um dispositivo conectado ao fone, o indivíduo ouvirá uma lenda ou causo narrada pelos próprios pescadores da praia. A experiência tem um sentido mais amplo que a pescaria em si, que é o de criar afeto, aproximar a pessoa da cultura e história da cidade, por meio da oralidade e memória local.
Neste dia 8, Dia do Artista Plástico, brindando um dos melhores projetos criado nesta terra de Poty, confira a entrevista que Rita Machado, artista plástica e radialista, concedeu para O JORNAL DE HOJE.
O JORNAL DE HOJE – Fale um pouco sobre essa experiência de participar do projeto ArtePraia?
Rita Machado – Estou com uma felicidade sem tamanho. Está sendo um sonho realizado. Havia pensado nesse projeto antes e rabiscado em meu caderninho de olhares, mas ainda não tinha tido condições de coloca-lo em prática, ate mesmo porque queria que fosse próximo da praia, inserido no universo dos pescadores – principais personagem desta história. Então, a Casa da Ribeira através do Edital ArtePraia segunda edição | Rede Nacional FUNARTE Artes Visuais, proporcionou essa realização da melhor forma possível. Foi mágico ver meu nome selecionado em um edital nacional e por uma instituição tão séria e atenciosa que é a Casa da Ribeira, e que há anos facilita o acesso aos bens culturais e artísticos aqui no nosso estado.


O JORNAL DE HOJE – E, sobre o seu projeto que foi selecionado?
Rita Machado – O projeto de intervenção efêmera Entrelinhas e Peixes pretende levar à praia de Ponta Negra uma enorme pescaria. Peixes produzidos com materiais reciclados e com sensores magnéticos serão dispostos em uma área de terra. O publico leitor terá à disposição uma vara de pesca e um fone de ouvido. Ao pescar o peixe – puxar o peixe através da linha com a vara – o leitor acionará um dispositivo que emite, através do fone de ouvido, uma história fantasiosa/lenda, narrada por um pescador de Ponta Negra. Serão sete histórias e cada peixe carregará uma delas. O peixe ainda possui um QR-Code que levará o leitor a conhecer o pescador/narrador através de um blog, com fotos, textos e espaços destinados à soma dessa teia de narrativas.    Entrelinhas e Peixes propõe através de mecanismos atraentes/interativos a leitura do público para as narrativas de sua comunidade. A curiosidade e a possibilidade de criar imagens que as palavras carregam vão tentar seduzir o ouvinte a viajar a um universo presente, mas que muitas vezes deixamos de lado devido a velocidade das imagens em nosso cotidiano. A intervenção, dessa forma, conduzirá através da oralidade a reflexão e a territorialização do universo da praia. Uma experiência estética que possibilita novas maneiras de perceber o cenário praia e seus personagens. Narrativas que provocam a construção de cada leitor à memória do lugar.


O JORNAL DE HOJE – Um projeto que contou com importantes parcerias?
Rita Machado – É um projeto especial que ganha novas mãos a cada dia, seja eletronicamente – a partir da ajuda de Rodrigo Cerqueira e sua sensível genialidade eletrônica, o carinho e dedicação de Barbara Freire – e que sem ela nada seria igual, a atenção de Jokastra em ceder seu computador, minha mãe e minha irmã sempre presentes, o olhar fortificante e sinestésico de Ianne Maria, a delicadeza de Jotó e a colaboração essencial do grande Luciano Rock. A cada dia uma nova surpresa especial… Espero que gostem do resultado final.


O JORNAL DE HOJE – Apesar de você ser talento de uma geração nova. Qual a sua opinião sobre o segmento de artes plásticas no Rio Grande do Norte?
Rita Machado – Me orgulho dos artistas que temos aqui… Basta uma horinha no atelier de Jotó para se encantar com a arte potiguar, com artistas e imagens que encontramos lá. Falta um “querer ver” no público daqui,  desbravar as ruas do Centro e Ribeira, andar pela cidade e buscar novos espaços, pois as mãos que pintam nosso universo de forma precisa, delicada e com uma força sem palavras, estão bem pertinho de nossas vistas. É só querer ver.


O JORNAL DE HOJE – Qualquer um que se intitula artista plástico pode ser considerado? Por que?
Rita Machado – Não gosto muito de intitulações e acredito que a arte está em cada um de nós. Mora na sensibilidade de vermos o mundo e eclode na necessidade de expressar-se inerente ao ‘ser’ humano. Cada um escolhe sua técnica para se comunicar.


O JORNAL DE HOJE – Na sua opinião, o que é preciso para ser um artista plástico?
Rita Machado – Percepção, dedicação, metodologia e paciência… acredito que são a chave para qualquer universo.


O JORNAL DE HOJE – Pode-se dizer que seus trabalhos além da preocupação com o Belo sempre tem uma crítica social?
Rita Machado – Procuro deixar fluir …entregar meus projetos ao vento e avistar eles ganhando novos rumos, novas falas e possibilidades. O discurso parte de algo que não quer calar e soma a cada olhar, uma nova palavra.


O JORNAL DE HOJE – Depois do ArtePraia, quais são seus próximos projetos?
Rita Machado – Pretendo seguir com esse projeto “Entrelinhas e Peixes” e exibir em novos mares. Alem de produzir alguns vídeos que estão implorando para sair de meus caderninhos de anotações.





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